Meu nome é Orlando, tenho 58 anos, casado a 38 anos, e pai
de um casal de filhos. Sou administrador de empresas por formação acadêmica, e
como atividade profissional. Com relação a este blog, o mais importante é
destacar que tenho uma mutação no gene RYR-1, e assim portador de Miopatia
Congênita Centronuclear, doença com a qual convivo desde meu nascimento,
contudo, tendo meu diagnóstico fechado somente aos meus 44 anos de idade.
Apesar da doença ser limitadora e progressiva, não me acomodo, e minha luta é constante
a cada instante procurando me adaptar às dificuldades que ela me impõe para
assim viver meu dia a dia dentro de uma relativa normalidade de vida social,
familiar, e profissional.
Desde criança sempre fui bem curioso, mas curioso no sentido
de buscar o conhecimento geral, sobre o desenvolvimento de processos, e
entendimento do raciocínio lógico das coisas. E sendo assim, sofri muito pela
dificuldade de obter o conhecimento sobre minha condição física, porque na
época o acesso às informações era precário, pela falta de meios tecnológicos,
assim como pelo conhecimento da medicina.
A Miopatia Congênita Centronuclear é classificada pelos
meios científicos como uma “Doença Rara”, e como o próprio nome diz, ela é de
baixa incidência e pouco conhecida. Aprendi que a cura ou tratamento de
qualquer doença tem a origem no conhecimento, e isso não se limita a quem
trata, mas também a quem é tratado. E foi por esta razão que resolvi por meio
deste blog, comunicar a todos com um
linguajar simples e prático, a informação a quem estiver buscando conhecimento
sobre essa doença que me acomete, e assim servir ao indivíduo afetado, ao seu
familiar, ao profissional da saúde, ou a qualquer outro interessado, suprindo
então o eventual anseio pela informação, situação esta vivenciada por mim,
antes e depois de ter meu diagnóstico fechado.
A vida às vezes pode te colocar diante uma situação que
parece não ter saída, mas com o conhecimento, resiliência, espírito de
superação e de desafio, suas lutas contra as dificuldades podem ser aliviadas.
Por fim, concluo dizendo que diante da minha doença, aprendi que não teria como
não aceitar as condições que me foram impostas, mas busco a cada dia não me
conformar com elas, por receio da acomodação, porque sei que quem se acomoda, não
luta.